quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Onde estão os acertos ?

 
Manhã nebulosa , uma longa jornada, os morros já não me cansam mais, o que me cansa é minha abominável mente, esses pensamentos fazem meu dia logo cedo, pesar. Aquela árvore linda que eu tanto admirava no outono, secou no inverno, perdeu sua cor, perdeu até seu encantador cheiro, apenas está ali, a mais de anos, parece que não existe nem se quer vida, é apenas uma árvore seca. Que ótimo ! estamos no meio do ano, e o que eu fiz de diferente? Acredito que nada, não vejo mudanças, e não sei o “porquê” de mudar. Nos anos passados, fiz promessas dizendo que o ano novo que viria seria diferente, que eu iria fazer tudo certo; Se promessas não podem ser quebradas, o que acontece quando nunca são cumpridas?  Essa é primeira resposta que eu sei, não acontece Nada, não mudamos, não fazemos nossas palavras valerem a pena, são somente meras “palavras” que o vento leva pra bem longe de nossas determinações de fazê-las se tornarem reais.
A única resposta que sei é aquela incompreensível ,sem afeto, sem motivos, apenas um Nada. Disse que faria tudo certo, e errei, só fiz loucuras , só estive vivendo momentos insanos, e delírios constantes, e tenho que admitir , nunca me senti tão viva. Abracei os queridos que estiveram ao meu lado, e disse adeus aos encostos , estudei horas para aquelas provas hard, chorei por amores, e afoguei mágoas em cada gota daquela maldita bebida que ardia em minha garganta, melhorei. Fingi estar bem, mas não me dramatizei ao exagero, contei mentiras até para mim mesma, e meu orgulho rasgava as verdades em meu peito, inesperadamente este ano, aconteceu muita merda, mas como os atores dizem nos teatros “muita merda” ou seja “muita sorte”, é que boa, boa e bela sorte, meus devaneios me levaram as melhores cagadas da minha vida. Dancei, chorei, sorri, enchi o caneco, e me entupi de café pra sarar a ressaca no outro dia, vomitei arco-íris, e apenas gritei : “foda-se, Eu estou vivendo”. Das minhas loucuras e bobagens, minha promessa não valeu nada, mas é assim, eu prefiro o “nada” , não quero saber de nada, eu não preciso de nada, porque aliás, tudo muda todas as manhãs , todas as tardes e todas as noites, tudo muda o tempo todo...E eu só quero que a vida me deixe errar, me deixe delirar, até saber o valor de cada palavra que dê minha boca já saiu, até poder entender o que é dizer e cumprir. 

Eu queria dizer, que tudo certo iria fazer, mas eu só fiz o errado, porque eu gosto do incerto, eu me amarro no destino, eu prefiro estar vivendo e errando, minha juventude não é para sempre, existe uma jornada sem limites, sem poder perder tempo, essa jornada é viver, sem medo de errar.

- Por : Marjorie Araujo.